sexta-feira, fevereiro 29, 2008 | Autor: Ebenézer Teles Borges

Hoje é um dia especial. Só daqui a quatro anos é que teremos outro 29 de fevereiro. Para saber mais sobre esse dia (ano bissexto) recomendo o acesso aos links abaixo.

Começo com o básico: Na enciclopédia Wikipédia há um bom material. Clique aqui para ter acesso a ele. Um outro link interessante e complementar: "Calendários e o fluxo do tempo". Dê uma olhada e, em seguida, faça sua própria pesquisa via Google. Você certamente encontrará muito material disponível.

Boa sorte!



Referências:

1. Wikipédia – "Ano Bissexto" –
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ano_bissexto
2. Calendário e o fluxo do tempo – http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/calendarios_e_o_fluxo_do_tempo.html

terça-feira, fevereiro 26, 2008 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Desejo é um sentimento tipicamente humano. Nele nos irmanamos quando sonhamos com um mundo melhor, uma sociedade mais justa e uma vida mais plena de sentido. Desejar é querer o que não temos, é almejar o que nos falta, é ambicionar, ansiar, sofrer e até chorar por algo a que atribuímos grande valor e do qual não temos a posse. Este é o lado triste do desejo: nunca se deseja aquilo que já se tem. O desejo sempre nos fala de uma ausência. Vou exemplificar:

A saudade está sempre presente quando alguém a quem amamos se faz ausente. Saudade é desejo: desejo de rever, de tocar, de abraçar, de sentir-se perto de quem se fez distante no tempo ou no espaço. Saudade é a percepção de uma ausência e desejo de rever, de reencontrar.

Fome não é apenas vontade de comer. Há muitos que comem sem fome, pelo prazer de comer ou por pura gula. Fome é algo mais profundo: é desejo. Desejo do corpo desfalecido pelo alimento de que se sente privado, é a voz desesperada do organismo, clamando em roncos pela comida ausente, pelo nutriente que lhe falta. Fome é a consciência dessa ausência e o desejo de ser alimentado.

Religião... Há tantos que se dizem religiosos e rezam e oram e fazem promessas e freqüentam igrejas. Seria isso religião? Penso que não. Religião me parece ser algo muito mais subjetivo e enigmático. É a mais profunda expressão de desejo da alma, a busca mais intensa e apaixonada por algo que nos é maior, mais forte e capaz de dar, à vida, o sentido e a certeza que a ela faltam. Religião é o suspiro veemente e inefável que brota do coração humano oprimido e desamparado, que busca por consolo e conforto, abrigo e segurança, tão ausentes nessa vida que se enche de compromissos e se esvazia de significância. Religião é, acima de tudo, desejo. Desejo de dar sentido à vida, ao mundo que nos cerca, ao universo que nos envolve.

E poderíamos ir aqui multiplicando os exemplos de desejos, desse sentimento tão comum a mim e a você, hóspede eterno de corações pueris e idosos, sentimento tão nosso, tão íntimo... É que somos seres do desejo e, provavelmente, frutos dos desejos de nossos pais... Mas não pretendo me alongar. Vou apenas convidá-lo a considerar comigo a palavra "desejo". De onde ela vem? Qual é a sua origem? Para responder a essas perguntas terei que me valer mais uma vez da etimologia (adoro etimologia).

Alguns dicionários apresentam duas possíveis origens. Na primeira, "desejo" deriva do latim desedium (estar sentado), de onde vem a nossa palavra "desídia", que significa "indolência, ociosidade, preguiça". Na segunda, "desejo" procede do verbo latim desiderare, de onde vem a nossa palavra "desiderato", que quer dizer "desejo, aspiração". Particularmente, aprecio mais esta última proposição e vou tomá-la, aqui, como a mais apropriada.

Desiderare (de+siderare) nos reporta a outra palavra latina, siderare (relativo a astros ou estrelas). Na antiga Roma, os adivinhos "consideravam" (con+siderare), isto é, observavam atentamente as estrelas, para extraírem delas alguma conclusão quanto ao futuro. Muitos colocavam sua fé nesses prognósticos baseados em estrelas (sidus) e esperavam ansiosamente pelo seu cumprimento. Com o passar do tempo e em não se confirmando a predição, o crente frustrado abria mão da esperança e "desistia das estrelas". Desiderare é exatamente isso: "desistir das estrelas", dos astros, da esperança e ficar com uma triste certeza: a certeza da ausência de resposta...

A palavra "desejo" carrega em si essa associação negativa. É a consciência de uma ausência forte, de um vazio enorme, de uma fome voraz, de uma saudade sem fim, de uma esperança que ainda não se realizou. Por outro lado, há algo de positivo e mágico nessa palavra que a faz encantadora e bela, que a torna especial para todos nós. É que o "desejo" sempre foi e sempre será a grande fonte de inspiração para todas as formas de arte; o grande agente propulsor das conquistas e realizações humanas; a força indomável que nos move e nos faz sonhar com utopias, como a de um mundo ideal, justo e fraterno para todos.

Posso facilmente "desistir das estrelas" (desiderare), mas não do desejo. E você?


Referências:

Desejo – Dicionário Houaiss -
http://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm?verbete=desejo&stype=k
Desejo – Dicionário Michaellis -
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=desejo
Palavras que deveriam existir -
http://www.interney.net/blogs/inagaki/2007/04/14/palavras_que_deveriam_existir/
Categoria: , | 3 Comentários
segunda-feira, fevereiro 25, 2008 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Você certamente já ouviu falar em "evangelho", ou conhece alguém que se declare membro de alguma igreja "evangélica". Talvez você mesmo seja um "evangélico". A questão é: você sabe qual é o significado dessa palavrinha que está na moda?

Significa "boa nova" ou "boa notícia". A nossa palavra "evangelho" tem sua origem no grego "euaggelion" que, literalmente, quer dizer "bom anjo" ou "bom mensageiro". Ora, é natural supor que um bom anjo ou um bom mensageiro sempre nos traga boa notícia ou boa nova. Atualmente, essa palavra mantém estreita ligação com a fé cristã reformada no século XVI, contudo, gostaria de desvinculá-la desse contexto e resgatar-lhe o significado etimológico original e puro, isto é, "boa nova", "boa notícia", simplesmente.

A boa notícia é que voltei a correr. Foram sete longos meses de recuperação, durante os quais até ousei treinar um pouco - e esse pouco me custou muito!

Tudo começou uma semana após a Maratona de São Paulo, ocorrida no primeiro domingo de junho de 2007. Era meu primeiro treino após esse evento e as duas panturrilhas resolveram reclamar. E reclamaram até o final de outubro. Aí foi a vez do tendão de Aquiles, o esquerdo, causar-me problema. Ficou inflamado até meados de janeiro/2008. De lá pra cá alívio, desconfiança e uma dorzinha chata localizada sob o calcanhar esquerdo, que incomoda um pouco, mas não me impede de correr.

Ontem, após algumas semanas de treinos curtos e lentos, matei a saudade do Ibirapuera. Foram 10 km percorridos em quase 52 minutos. Terminei cansado, ou melhor, "acabado", mas, ainda assim, eufórico. Isto mesmo: eufórico, entusiasmado, animado!

"Euforia" é um grande entusiasmo, uma alegria exagerada, um bem-estar físico que nem sempre corresponde ao estado físico objetivo. "Euforia" expressa muito bem o meu estado após esse treino de 10 km ontem: psicologicamente bem, inteiro; fisicamente, nem tanto.

Em tempo, "euforia" e "evangelho" (duas palavras usadas e abusadas neste texto) possuem algo em comum. Você sabe o que é?

Resposta: uma ligação etimológica com o prefixo grego "eu", que significa "bom". Observe:

1. "eu + angellion" (evangelho) = bom + anjo, mensageiro = boa nova ou boa notícia;
2. "eu + phoria" (euforia) = bom + tolerar, suportar = boa capacidade (ou força) para suportar ou tolerar com facilidade. Algo como bom humor, mesmo em situação desfavorável.

Resumindo, este é o meu "evangelho eufórico": tênis no pé, freqüencímetro no peito, cabeça fresca e coração explodindo de emoção – estou de volta ao mundo maravilhoso das corridas de rua.
sábado, fevereiro 16, 2008 | Autor: Ebenézer Teles Borges
Após vinte dias de "abandono", voltei a dar atenção a este blog que, agora, passa a ter novo visual. Essa mudança é bem-vinda. Mudar é preciso! Melhor ainda quando as opções são variadas e o custo é zero (ou quase zero).

Mudar a aparência do blog até que é fácil. Difícil mesmo é mantê-lo atualizado com conteúdo consistente e coerente. Nos últimos dias até que tentei rascunhar alguns textos, mas não consegui ir além disso, de modo que eles permanecem inacabados, à espera de revisões e melhorias. Diante dessa dificuldade em lidar com a essência, investi na aparência, isto é, no visual. Eu gostei. Espero que gostem também.

Seguem algumas dicas para aqueles que desejam dar uma "maquiada" (ou renovada) na aparência de seus blogs.

1. Consulte sempre os sites especializados. Vou sugerir apenas um, a partir do qual outros poderão ser localizados. No site "Sobre Sites" você encontrará informações valiosas sobre opções de hospedagem, contadores de acesso, ferramentas de apoio e muito mais. Acesse pelo link http://www.sobresites.com/blog/index.htm.

2. Dê uma olhada nos templates gratuitos disponíveis na WEB. As opções de layout oferecidas pelo Blogspot (onde meu blog está hospedado) são limitadas. Use o Google (ou outro mecanismo de busca de sua preferência) para localizar "templates para blogger" ou "templates para blogspot". A quantidade de opções é imensa. Para facilitar sua vida, recomendo-lhe dois bons links:

a. Blogspot Template – Aqui você encontrará uma vasta opção de templates disponíveis (Link: http://www.blogspottemplate.com/)

b. Final Sense – Este site disponibiliza dezenas de templates de alta qualidade. Foi nele que encontrei este que "veste" agora o meu blog. (Link: http://finalsense.com/services/blogs_templates.html)

3. Faça Backup – Por segurança, não saia alterando o layout de seu blog sem antes fazer uma cópia que possa ser usada para restauração, caso algo dê errado. Eu recomendo um cuidado a mais: crie outro blog (você pode ter mais de um blog no blogspot) e use-o como "projeto piloto". Se gostar do resultado, aplique o template ao site oficial.

É isso aí. Boa sorte!
Categoria: | 9 Comentários
Related Posts with Thumbnails